Veja algumas das bruxas mais famosas da história

Veja algumas das bruxas mais famosas da história. A bruxaria tem raízes antigas e está ligada a várias culturas, incluindo a egípcia, babilônica, grega e romana. Práticas mágicas, rituais e feitiçaria eram comuns nessas sociedades, muitas vezes associadas a rituais religiosos e divinação. Durante a Idade Média, a bruxaria começou a se tornar associada a práticas heréticas e demoníacas pela Igreja Católica. O termo “bruxa” era frequentemente usado para descrever mulheres que eram consideradas portadoras de conhecimento proibido e que supostamente faziam pactos com o diabo para obter poderes mágicos. Isso culminou na caça às bruxas, uma série de perseguições, julgamentos e execuções que atingiram o auge entre os séculos XVI e XVII.

 

Veja algumas das bruxas mais famosas da história

 

Tituba

Tituba foi uma mulher afro-caribenha conhecida por seu papel no infame julgamento das bruxas de Salem, que ocorreu em 1692 na cidade de Salem, Massachusetts, nos Estados Unidos. Ela era uma das acusadas de praticar bruxaria durante o evento histórico conhecido como os Julgamentos das Bruxas de Salem.

Tituba era uma escrava pertencente à família do reverendo Samuel Parris, que foi o pastor da vila de Salem. Ela estava envolvida nas atividades da família, incluindo as práticas religiosas e rituais que misturavam elementos do cristianismo e crenças indígenas e africanas.

Durante os julgamentos das bruxas, Tituba e várias outras mulheres foram acusadas de praticar bruxaria e de serem responsáveis pelos eventos estranhos e perturbadores que ocorriam na comunidade, como convulsões e comportamentos incomuns de jovens meninas.

Tituba foi inicialmente acusada e, sob pressão, admitiu ter praticado bruxaria. Seu testemunho e confissão contribuíram para a histeria em massa que se espalhou na comunidade, levando a mais acusações e julgamentos de outras pessoas.





Mãe Shipton

Mãe Shipton, cujo nome verdadeiro era Ursula Southeil, foi uma lendária vidente e profetisa inglesa que viveu durante o século XVI. Ela é conhecida por suas supostas profecias, muitas das quais foram publicadas em forma de versos em um livro chamado “The Prophecies of Mother Shipton” (As Profecias de Mãe Shipton), que foi publicado em 1641.

Suas profecias eram frequentemente obscuras e enigmáticas, e abordavam uma variedade de tópicos, incluindo eventos naturais, políticos e sociais. Algumas de suas previsões se tornaram famosas e muitos acreditam que elas se tornaram realidade. No entanto, é importante notar que muitas de suas supostas profecias foram provavelmente fabricadas ou reinterpretadas ao longo dos anos, o que levou a controvérsias sobre a autenticidade de suas previsões.

Mãe Shipton se tornou uma figura lendária e icônica na cultura popular britânica, e suas profecias continuam a fascinar as pessoas até hoje. Ela é frequentemente retratada como uma bruxa sábia e misteriosa, e sua imagem é associada a várias lendas e histórias folclóricas.

Circe

Na mitologia grega, Circe era uma poderosa feiticeira e deusa menor associada à magia, transformações e encantamentos. Na “Odisseia” de Homero, Circe é filha do deus-sol Hélio e da oceânide Perseis. Ela habitava uma ilha mágica chamada Eea, onde vivia isolada e praticava suas artes mágicas. Quando Odisseu e seus companheiros chegam à ilha durante suas viagens de volta para Ítaca após a Guerra de Troia, eles são transformados em porcos por Circe com sua magia. No entanto, com a ajuda do deus Hermes e algumas instruções, Odisseu consegue resistir à magia de Circe e a convence a restaurar seus companheiros à forma humana.

Morgana Le Fay

Também conhecida como Morgan Le Fay ou Morgaine, é um personagem lendário e mítico que aparece nas histórias arturianas, especialmente nas lendas medievais relacionadas ao Rei Arthur e seus cavaleiros da Távola Redonda. Ela é frequentemente retratada como uma feiticeira, fada ou bruxa, dependendo da versão da lenda em questão.

Morgana Le Fay é frequentemente descrita como meia-irmã ou irmã de Arthur, filha do duque Gorlois e de Igraine (ou Ygraine). Sua conexão com Arthur varia em diferentes versões das lendas. Ela é conhecida por suas habilidades mágicas poderosas e, muitas vezes, é retratada como uma personagem ambígua, alternando entre ajudar e prejudicar Arthur e seus cavaleiros.

Doreen Valiente

Foi uma das figuras mais influentes e importantes no renascimento moderno da bruxaria e da religião neopagã conhecida como Wicca. Ela é frequentemente chamada de “A Mãe da Wicca Moderna” devido ao seu papel fundamental na codificação e na promoção da tradição wiccana. Valiente é conhecida por suas contribuições literárias e suas influentes obras sobre bruxaria e Wicca.

Ela trabalhou em estreita colaboração com Gerald Gardner, que é creditado por reviver a Wicca moderna. Juntos, eles desenvolveram muitos dos rituais, práticas e crenças centrais da Wicca, com Valiente ajudando a elaborar e aprimorar o Livro das Sombras, um livro sagrado e guia ritualístico fundamental na tradição.

Joana D’Arc

A bruxaria e Joana d’Arc estão conectadas de maneiras interessantes e complexas na história. Ela foi uma figura histórica notável do século XV, que desempenhou um papel fundamental na Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra. Ela é famosa por sua liderança militar e por ter afirmado ter recebido visões e mensagens divinas que a orientaram em sua missão.

A conexão entre Joana d’Arc e a bruxaria está relacionada às acusações que foram feitas contra ela durante seu julgamento eclesiástico. Em 1431, Joana foi capturada pelos ingleses e entregue à Igreja Católica para julgamento. Ela enfrentou várias acusações, incluindo a de heresia, que estava ligada às suas visões e à sua afirmação de que Deus a estava guiando. As autoridades eclesiásticas alegaram que suas ações eram contrárias à doutrina católica e a acusaram de praticar bruxaria ou de estar sob a influência demoníaca.

Durante o julgamento, Joana foi submetida a um processo legal injusto e foi condenada à morte na fogueira em 1431. Posteriormente, em 1456, um novo julgamento reverteu sua condenação, declarando-a inocente de todas as acusações. Em 1920, Joana d’Arc foi canonizada pela Igreja Católica como uma santa.